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(2009-2011). Mulheres em três tempos. Um estudo do trabalho feminino no contexto do agronegócio canavieiro paulista.

Coordenação de Maria Aparecida de Moraes Silva
Pesquisadores Participantes: Beatriz Medeiros de Melo e Juliana Dourado Bueno.
Financiamento: FAPESP. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Resumo: O estado de São Paulo é hoje o maior produtor de açúcar e álcool do país. A área ocupada pela cultura canavieira corresponde a 5,1 milhões de hectares, com perspectivas de crescimento contínuo nos próximos anos, visando, sobretudo, a produção do etanol para os mercados nacional e internacional. À medida que aumenta esta produção, outras entram em declínio, principalmente, aquelas destinadas á alimentação. Ademais, este processo também implica na concentração dos capitais e da terra, sem contar que, nos últimos anos, tem se intensificado o processo de mecanização do corte da cana, responsável pela contínua redução de empregos não somente para os trabalhadores locais como também para os migrantes. Desde meados da década de 1980, as mulheres estão sendo alijadas deste mercado de trabalho em detrimento do emprego de homens jovens. Por outro lado, muitas outras mulheres também perderam sua condição de agricultoras familiares tendo em vista a venda ou arrendamento de suas terras para as usinas. Desta sorte, o presente projeto visa à análise da situação social e laboral de mulheres no contexto atual de expansão da agroindústria canavieira no interior do estado de São Paulo. O intuito é verificar as condições sociais de trabalho realizadas por mulheres que foram alijadas do processo de trabalho canavieiro e também, no caso de agricultoras familiares, inseridas neste contexto, como se articulam as formas de resistência para a permanência nesta condição social. Para a realização deste objetivo, serão analisados três estudos de casos: as mulheres, ex-trabalhadoras rurais cuja condição social e laboral se define pelo trabalho num abatedouro de frangos; aquelas que atualmente se acham empregadas em atividades domésticas; as mulheres que, apesar do avanço da cana, ainda conservam a condição de agricultoras familiares. A discussão teórica privilegiará as categorias analíticas de classe, gênero e etnia. O universo empírico da investigação são três cidades inseridas nas regiões de.

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TRAMA

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O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

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