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Os caminhos da laranja

Maria Aparecida de Moraes Silva publica texto refletindo sobre o caminho das mercadorias até a casa daqueles que estão em isolamento.  Cita o caso da laranja para desvelar as mãos invisibilisadas e desprotegidas que trabalham para que a mercadoria possa seguir seu caminho:

“Vou tomar o exemplo da laranja. Quais são os caminhos percorridos por esta fruta? Antes de chegar à minha casa, ela estava numa banca de supermercado ou quitanda. Ali fora embalada pelas mãos de um empacotador. Antes, fora transportada por um caminhoneiro empregado por firmas de distribuição, que a recolheu em algum depósito, situado na região onde resido, uma cidade do interior do estado de São Paulo, não longe de muitas plantações de laranja. Antes da chegada ao depósito, esta fruta fora trazida também por caminhoneiro, que por sua vez, recolheu-a num pomar, após ser colhida por um trabalhador ou trabalhadora rural.

Enfim, para que minha quarentena seja observada, muitas outras pessoas trabalham com suas mãos, com ou sem proteção, para garantir meu padrão de consumo alimentar. O caminho da laranja é o caminho de muitas pessoas. As mercadorias não possuem pernas, se elas se movem de um lugar a outro, em diferentes escalas, isso ocorre pelas mãos das pessoas.”

Para acessar o texto completo: http://otim.fct.unesp.br/pages/view/52

O texto foi publicado no blog do Observatório do Trabalho István Mészáros (OTIM), uma iniciativa do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT), grupo de pesquisa sediado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP – Campus de Presidente Prudente (SP).

 

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TRAMA

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O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

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