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Inserção no mercado e problemas associados à matriz produtiva

matriz produtiva

Inserção no mercado e problemas associados à matriz produtiva: sujeição, vulnerabilização e resistência de sitiantes.

IV Encontro Internacional de Ciências Sociais

Artigo apresentado por Beatriz Medeiros de Melo

TEXTO COMPLETO: PDF

Resumo: Neste artigo, discutiremos o processo de vulnerabilização da pequena agricultura, que tem origem tanto na inevitável e desfavorável inserção no mercado quanto na generalização da matriz produtiva da agricultura convencional, bem como algumas experiências de resistência cotidiana empreendida por eles diante desse contexto. Trata-se, portanto, de uma análise de problemas enfrentados no momento da produção e da comercialização. Tomaremos como exemplo o caso dos sitiantes do extremo noroeste paulista (microrregião de Jales), produtores de frutas “de mesa” e de leite, analisado pela primeira autora em tese de doutorado recém-concluída. Problematizaremos a questão discutindo: a sujeição do campesinato no momento da circulação e o processo de extração da renda da terra realizado nesse contexto; a dependência dos sitiantes em relação às culturas comerciais e, consequentemente, ao mercado de insumos e fertilizantes; a dependência também em relação à orientação de agrônomos das próprias lojas de insumos; a elevação dos custos de produção e a ausência de uma política de preços mínimos eficaz para pequenos agricultores que não estão diretamente subordinados às agroindústrias; a desigual difusão e acesso a novas técnicas e equipamentos. De outro modo, apontaremos para a evidência da consciência do sitiante do extremo noroeste em relação à sua condição de sujeição, em relação às consequências ambientais e sociais da prática da agricultura convencional, e para algumas experiências de alargamento da margem de autonomia relativa (a organização de associações produtivas, a diversificação das estratégias de circulação de produtos) e de mudança da matriz produtiva ou de redução de danos (experiências de agricultura natural e agroecológica; técnicas de preservação e cuidados com o solo).

Mais informações: https://goo.gl/famC5W

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TRAMA

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O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

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