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Mar de cana: arrendamento fundiário, memória e identidade social

arrendamento fundiário

Mar de cana: arrendamento fundiário, memória e identidade social.

6º Encontro da Rede de Estudos Rurais. GT 05 – Elites patronais rurais e agroindustriais, ação coletiva e pensamento crítico.

Artigo Apresentado por Tainá Reis

TEXTO COMPLETO: PDF

Resumo: O arrendamento fundiário tem sido uma estratégia de expansão de áreas de cultivo canavieiro para muitas usinas no Estado de São Paulo. Como consequência há uma reorganização fundiária nos municípios que cercam essas unidades agroindustriais. O objeto deste trabalho é demonstrar os impactos que esse tipo de organização fundiária tem sobre a memória e identidade de pequenos agricultores. As grandes usinas sucroalcooleiras exploram as terras de pequenos agricultores por meio de contratos de arrendamento, a partir dos quais podem decidir sobre o uso do solo, apesar de não terem sua posse legal. Os pequenos produtores não têm autonomia sobre suas terras. Muitos abandonam suas fazendas e se dirigem às cidades. As casas são derrubadas e toda vida social do campo se reconfigura, estando não mais relacionada aos pequenos agricultores, mas sim à grande produção monocultora de cana de açúcar. A derrubada da infraestrutura das propriedades também influi na memória dos proprietários. Uma vez que a memória necessita de um grupo e de um espaço físico para manter-se viva e como elemento de identidade social, destaca-se que a espoliação econômica da propriedade repercute como uma espoliação da própria memória.

Palavras-chaves: arrendamento fundiário; memória; identidade social.

Informações: http://www.redesrurais.org.br

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TRAMA

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O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

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