logo
logo

Narrativa de uma sobrevivente: a resistência de Parouhi

A história do vídeo é narrada pela senhora Parouhi, que completará neste ano, 101 anos de idade. Ela é armênia/brasileira, nascida na cidade de Marashi, Turquia, em 1920. Logo em seguida a família foi para Aleppo, na Síria, num campo de refugiados armênios, em função do genocídio imposto pelos turcos-otomanos (1915-1923). Sua narrativa se constitui na memória herdada de seus pais e parentes que sobreviveram às perseguições.

A trajetória de Parouhi é narrada desde a Síria, a viagem no porão do navio, a chegada no porto de Santos, a acolhida por um senhor, que os abrigou numa cocheira; em seguida, a infância na cidade de São Paulo, e, mais trade, a vida no interior do estado. Trata-se de uma trajetória feminina, na qual os traços do patriarcado são narrados e silenciados em vários momentos.

Ademais da importância do registro da história do genocídio, da violência, dos massacres, e seus efeitos sobre toda sua trajetória, há que se considerar os fragmentos de sua memória nos distintos espaços/tempos e a costura que ela imprime aos acontecimentos vividos. É uma história de sobrevivência e resistência tecida no embate pela vida e pelo remembramento.

Confira o vídeo do relato no link:

Conversa com a vó Parouhi

Published by

TRAMA

TRAMA

O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

Comments are closed.