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Superar as desigualdades de gênero

desigualdades de gênero

Superar as desigualdades de gênero primeiro passo para adentrar no século XXI

In. SOUZA, Sandra Duarte; SANTOS, Naira Pinheiro dos. Estudos Feministas e Religião-Tendências e Debates. V. 2. Curitiba: Editora Prismas. São Bernardo do Campo. Universidade Metodista de São Paulo. 2015. Pp.185 a 197.

ISBN: 978-85-5507-148-5. Páginas: 237. Edição: 1ª. Ano Publicação: 2016

Claudirene Bandini

Mais informações: http://editoraprismas.com.br/produto/7763437/Estudos-Feministas-e-Religiao-Tendencias-e-Debates-Vol-2

A religião, a religiosidade e os fenômenos religiosos têm sido objeto de interesse acadêmico crescente no Brasil nas últimas décadas, especialmente a partir da década de 1970. Até então, a academia demonstrava pouco interesse na religião como objeto de estudo, explicável, pelo menos parcialmente, pelo legado positivista da universidade brasileira. Em 1973, Cândido Procópio Ferreira Camargo publicou o livro Católicos, Protestantes, Espíritas, em que analisa a relação entre mudança social e religião. Esse livro se tornou um marco dos estudos sociológicos sobre religião no Brasil, e inaugurou uma nova forma de abordar o fenômeno religioso no país, não mais se restringindo a abordagens religiosas sobre a religião financiadas por instituições religiosas. Camargo, assim como Roger Bastide e outros, enfrentaram a resistência da academia à religião, e lançaram novos desafios às Ciências Sociais. Décadas mais tarde, é ainda perceptível o desconforto que os estudos sobre religião geram no meio acadêmico, mesmo considerando os significativos avanços nesses pouco mais de quarenta anos da publicação do livro de Camargo. Se os estudos de religião provocam desconforto na academia, quando associados aos estudos feministas o desconforto é ainda maior. Os estudos feministas e a abordagem de gênero ainda aparecem de forma pouco significativa nos estudos sobre religião, e o inverso também é verdadeiro, isto é, há pouca atenção para a importância da religião nos estudos feministas. Essa constatação é o que motiva a produção dos dois volumes de Estudos Feministas e Religião: tendências e debates. Em seu primeiro volume, o livro traz uma diversidade de textos que articulam gênero e religião a partir de quatro blocos temáticos: Gênero, Religião e Cultura; Gênero, Religião e Política; Gênero, Religião e Violência; e Gênero, Religião e Sexualidades. Lançado em 2014, esse livro marcou os 25 anos da atuação do Grupo de Estudos de Gênero e Religião Mandrágora/Netmal, e dos 20 anos da Revista Mandrágora. O segundo volume de Estudos Feministas: tendências e debates aqui apresentado dá continuidade às reflexões do volume anterior, e possui uma rica diversidade temática, contando com contribuições de estudos das feministas de Portugal, da França, dos Estados Unidos e do Brasil.

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TRAMA

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O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

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