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Capitalismo e dominação na indústria têxtil de Fernão Velho (Maceió-AL)

indústria têxtil

Entre o moderno e o arcaico: capitalismo e dominação na indústria têxtil de Fernão Velho (Maceió-AL)

In: I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS, 2015, Marília. Manifestações ideológicas no Brasil e no Mundo e suas formas de abordagem nas ciências humanas, 2015.

Ivo dos Santos Farias (Unesp-Marília); Marcelo Góes Tavares (UFPE)

TEXTO COMPLETO: PDF

RESUMO: O capitalismo, na modernidade e no processo de industrialização, pressupõe uma racionalidade marcada pelo planejamento, saber técnico e sistematização da produção como base de suas relações de produção. Estas transcendem os espaços fabris, tornando-se também presentes nos discursos das classes dominantes, comércio, ideologia e publicização do ideial de progresso posto pelo capital. No Brasil, notamos que o processo de industrialização articula modelos modernos pautados na lógica técnica, mas também arcaicas no mando, dominação e mobilização de forças políticas nas relações de poder. Dentre estas, apontamos o paternalismo, patriarcalismo e patrimonialismo como práticas de dominação e favorecimento político-produtivo como estratégias capazes de potencializar a produção e gestão do trabalho. Analisamos tais estratégias no território fabril de Fernão Velho, Maceió-AL, cujas atividades iniciaram em 1857, sendo uma das primeiras fábricas têxteis no Brasil. Metodologicamente, utilizamos falas de operários, periódicos e relatórios da fábrica Carmen como fontes e memórias nas quais evidenciamos indícios dessa estratégia e suas particularidades, sobretudo durante meados do século XX, quando este se consolidou produtivamente a partir da administração da família Othon. A ampliação e reprodução de seu capital perpassava nacionalmente entre a agroindústria açucareira, indústria têxtil, comércio, rede hoteleira e hidroelétrica, expressando uma modernização econômica conservadora.

Palavras-chave: Modernização. Indústria têxtil. Dominação.

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TRAMA

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O Grupo TRAMA (Terra, Trabalho, Memória e Migração) dedica-se à pesquisa acadêmica e extensão. Está no PPGS da UFSCar, e é coordenado por Maria Ap De Moraes Silva.

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